Texto por: Coletivo Onças Pintadas
Arte por: André Rebello
Huey P. Newton, nasceu no dia 17 de fevereiro de 1942, na Louisiana. Foi eternizado pela sua participação como fundador do Partido dos Panteras Negras (BPP). Iniciou sua militância na Afro-American Association (AAA), ainda durante sua formação na Universidade Pública de Merritt.
Durante a universidade, entrou em contato com diversos teóricos da questão negra, como Frantz Fanon e Malcolm X, guiado pelo seu professor Donald Warden, líder da AAA. o que o motivou a lutar pela construção de um currículo de história afro-americana, na Universidade de Meritt.
Também durante a universidade, entrou em contato com as obras de Karl Marx, Lenin, Mao Zedong e Che Guevara. Nesse mesmo período, conheceu Bobby Seale, com quem fundou o Partido dos Panteras Negras, em 1966, após se desiludir com as proposições de Warren e da AAA.
A princípio, o BPP, profundamente influenciado por Malcolm X, era uma organização afro-americana de esquerda, com enfoque na luta pela auto-defesa do povo negro norte-americano, posteriormente se tornando uma organização marxista que lutava pela revolução, nos EUA e no mundo.
Durante sua trajetória no BPP, Huey produziu o Programa de Dez Pontos, documento base do Partido, que continha suas reivindicações e proposições. Em 1968, iniciou o programa de Café da Manhã Gratuito Para as Crianças, a fim de suprir as necessidades das comunidades negras pobres.
Em 1967, por conta de sua posição política e grande influência sobre a organização política do povo negro norte-americano, foi preso, acusado de assassinar o policial John Frey em uma troca de tiros, o que deu inicio a campanha "Free Huey!" (Libertem Huey!).
A campanha foi organizada pelo Partido e endossada por diversas outras figuras, como Angela Davis, do Partido Comunista dos Estados Unidos, e a cineasta francesa Agnès Varda, que, incluisive, documenta a campanha "Free Huey!" em seu curta-metragem Black Panthers, de 1968.
Escreveu sua autobiografia Revolutionary Suicide (Suicídio Revolucionário) em 1973, em que defendeu a ideia de viver e morrer pelo povo, na luta contra a opressão racial e a dominação de classe. Em 1989 foi assassinado em circunstâncias controversas, mas permaneceu um ícone.
Com a palavra, Huey P. Newton:
"O suicídio revolucionário não significa que eu e meus camaradas desejemos morrer; significa exatamente o oposto. Temos um desejo tão forte de viver com esperança e dignidade humana que a existência sem elas é impossível."
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